Depois de ter filho, voltei a estudar pedagogia. Não aconselho ninguém a ter filho sem estrutura familiar (você e um marido que te ame muito e te apoie) e uma estrutura financeira (ter uma reserva financeira para fraldas, roupas, comida, chá de bebê e primeiro aniversário, pra começar)
Sim, porque por dia, uma criança gasta umas cinco fraldas, que você tem que estar verificando sempre, pois se esquecer, ele se assa. O bebê depende muito da mãe, traduzindo a festa acabou. Seu marido sairá para trabalhar e você ficará com seu rebento, trocando fraldas, dando de mamá ou dando mamadeira, dará banho (cuidadosamente), vestirá, lavará as roupinhas que no início se comparam a roupas de bebê, não sairá por um bom tempo. Era uma vez: encontro com amigos, cinema, comidas cruas, refrigerantes, comer na hora que você acha que deve. Bem vinda ao mundo da comida saudável, orgânica e cara pra xuxu.
Ser mãe não é de todo mal. É ver seu filho te olhando como se você fosse a última maravilha do mundo, enquanto ele sorri e seus olhinhos brilham. É abraça-lo e saber que fez a coisa certa. É cuidar dele ao ponto de ele chegar a um ano sem nunca ter adoecido. É, como pedagoga, colocar em prática o que aprendeu na teoria e ver funcionar. Ver ele evoluindo a cada dia e dar pulinhos a cada ensaio de fala.
É difícil consciliar tudo, mas não é impossível.
